Por: Laila Mantra
Imagine um lugar que parece ter saído de contos pré-históricos, cercado de mistérios, lendas e paisagens incríveis… Assim é o Monte Roraima.
Muito mais do que um trekking, estar no Monte Roraima é uma verdadeira volta ao passado, é vivenciar o inesperado e abrir-se a um novo mundo (ou melhor, a um mundo antigo, um dos mais antigos do planeta)!
Como guia, já tive a oportunidade de pisar no cume deste gigante Tepuy muitas vezes, já levei centenas de pessoas que assim como eu sempre voltam impactadas com esta viagem transformadora. Sou tão apaixonada por lá que tenho até uma tatuagem do Monte Roraima no braço, e por mais que eu já tenha ido muitas vezes sempre me surpreendo e me emociono com este lugar sagrado.
Pisar naquele solo formado em um período muito anterior a existência do homem na Terra, morada, segundo a lenda dos índios Caribés, do Deus Macunaima, gerado do amor entre o Sol e a Lua, nos trazem a certeza de que para sair do lugar basta caminhar, então… bora caminhar!
Durante os dias de expedição somos todos iguais… Nem menos nem mais… simplesmente iguais! Tomamos banho no rio, dormimos com a Lua e acordamos com o Sol, carregamos aquilo que precisamos para viver, e tudo cabe em uma mochila! E como somos felizes por compartilhar estes momentos, estas experiências…
Se você sonha em conhecer este lugar vem comigo que vou te contar um pouco mais sobre o Monte Roraima.
LOCALIZAÇÃO
Tríplice fronteira entre Brasil (05%), Venezuela (85%) e Guiana (10%)
Altitude Máxima: 2.810 metros (Pedra Maverik)
Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO
Está inserido no Parque Nacional Canaima, no lado venezuelano e no Parque Nacional do Monte Roraima, no lado brasileiro.
Sobre o Monte Roraima:
O Monte Roraima é uma das formações mais antigas do planeta, e um dos mais altos e largos Tepuys (tipo de meseta, especialmente abrupta, com paredes verticais, como se fossem montanhas em formato de “mesa”), a 2700m, com seu pico a 2810m (Maverick). Seu cume possui cerca de 31 quilômetros quadrados.
O Monte Roraima foi “descoberto” pelos europeus em 1595 durante a colonização espanhola e britânica na região. A partir de então, muitos aventureiros, pesquisadores e estudiosos passaram a tentar escalá-lo. Depois de inúmeras tentativas frustradas a montanha era considerada por muitos como inacessível.
A primeira ascensão foi somente em 1884 por uma expedição britânica chefiada por Everard Ferdinand im Thurm, patrocinada pela Royal Geographical Society. O desenvolvimento turístico na região foi intensificado somente a partir de 1980.
Melhor época para visitar o Monte Roraima:
O clima no Monte Roraima é muito instável. Costumo dizer que, mesmo nas melhores épocas, é comum pegar pelo menos um dia de chuva, o que não tira a graça do lugar, pois são nestes dias que surgem várias quedas d’água, que brotam magicamente das paredes rochosas.
Em geral, a época mais seca vai do final de setembro à início de abril, porém pode-se visitar o Monte Roraima durante o ano todo.
O Reveillon é o período do ano que o Monte Roraima recebe mais turistas, portanto, se quer fugir de uma grande quantidade de pessoas não vá nesta época. Para o trekking ao Monte Roraima existe um controle de entrada, mesmo na época com mais movimento não tem risco de ficar sem local para acampamento.
O trekking :
Existem muitos tipos de roteiros que podem variar de 06 a 09 dias (os mais comuns). Os mais longos chegam até a Proa, ponto mais ao norte do Monte Roraima, e mais distante, sendo necessário deslocar todo o acampamento lá no alto. O trekking não exige experiência, e apesar das longas distâncias não é difícil.
O dia mais exigente é quando se faz o “ataque ao cume” por uma espécie de rampa com o desnível bem acentuado. Como toda a Expedição, é necessário que o participante esteja com um bom preparo físico, e ter experiência com acampamento também pode tornar as noites mais agradáveis.
Mesmo o caminho até o topo sendo bem demarcado, é obrigatório a contratação de guias locais. Já no topo a navegação pode ser bem complicada, principalmente com pouca visibilidade (o que sempre ocorre por conta da densa neblina muito comum no Roraima).
Por isso planeje com antecedência, e claro, se vier em um dos meus grupos ficarei muito feliz!
Como chegar:
O melhor ponto de partida para quem pretende chegar ao Monte Roraima é Boa Vista, capital do estado do Roraima.
Boa Vista é uma capital muito bem organizada e planejada, sendo a única capital brasileira acima da linha do Equador, o que explica o calor que faz por lá. Caso você tenha tempo vale à pena passar um ou dois dias em Boa Vista!
Localizada na margem direita do Rio Branco, a orla Taumanan conta com uma espécie de plataforma com bares e restaurantes na margem. Para visitar tem também a Praça das Águas, o Portal do Milenio, o Centro de Artesanato e Cultura, além dos passeios de barco até a outra margem do Rio Branco, onde fica a praia Grande. Um pouco mais afastado tem o Lago do Robertinho, considerado a Jericoacoara do Roraima e a Serra do Tepekém com muitas trilhas e cachoeiras.
A partir de Boa Vista é necessário chegar à fronteira com a Venezuela, na cidade de Pacaraima. O percurso é de aproximadamente 240km e algumas agências incluem este transfer em seus pacotes, caso contrário, a melhor opção é pegar um taxi.Da Fronteira até Santa Elena, já na Venezuela, são mais 15 minutos. De Santa Elena é necessário chegar à aldeia de Paraitepuy. Este percurso é feito em veículo 4X4 e é lá que se inicia a caminhada após os devidos registros no INPARQUES.
Atrativos:
No topo do Monte Roraima existem vários atrativos, confira alguns que listei aqui:
Este é o Cume do Cume! O ponto mais alto do Monte Roraima, com 2810 mts
Mirante maravilhoso com vista para o kukenan, tepui vizinho ao Monte Roraima
Sequência de piscinas naturais cheias de cristais de quartzo.
Com água gelada e uma paisagem única merece um mergulho energizante!
Vale formado por cristais de quartzo.
Existem dois Vales dos cristais no topo do Roraima, um próximo às Jacuzzis e outro no caminho que leva ao ponto Triplo.
Vale lembrar que é PROIBIDO levar cristais embora, além de ser um tremendo desrespeito.
Com anos de exploração turística, e pessoas sem noção no Monte Roraima, os vales de cristais diminuíram muito de tamanho.
De uns anos para cá são feitas vistorias nas mochilas dos turistas quando retornam do trekking e quem estiver com qualquer item retirado do Monte Roraima (incluindo cristais é claro) é multado.
Parte mais plana do Monte Roraima. Coberto de areia é passagem para alguns atrativos. Uma paisagem bem diferente e agradável para caminhar.
Também é usado como local de pouso de helicóptero quando necessário.
Com vista para o lado da Guiana é possível avistar a outra ponta do monte Roraima. Frequentemente fica encoberto de nuvens.
Recebe este nome por ser uma formação rochosa que se assemelha à uma Catedral.
Tem duas cachoeiras e uma vegetação lindíssima, repleta de flores coloridas e musgos verdinhos! Parece um mundo encantado.
Marco da divisa entre Brasil, Guiana e Venezuela.
Como a Venezuela está disputando o território pertencente à Guiana, o lado da Guiana está sem marcação.
Ficou com vontade de conhecer este lugar incrível? Ficarei muito feliz em levar você!
Meu cheque List Solo:
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Curiosidades:
Sobre a Laila Blanch da agência de viagens Mantra Adventure
Foi após percorrer o Caminho de Santiago, que a Laila viu sua vida transformada e mergulhou profundamente nas atividades ao ar livre. Pedagoga e guia de turismo Brasil e America do Sul fundou a agência Mantra Adventure em 2012 e desde então já guiou centenas de grupos no Brasil, América do Sul e África. Pioneira em grupos femininos com o Projeto Mochila de Batom acredita que guiar vai muito além de mostrar o caminho a ser percorrido. Tem no Monte Roraima uma paixão!
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