O mundo mudou e vem dando lugar às pessoas que valorizam as sensações, em vez do simples consumo. O mercado em que essa transformação se mostra de maneira mais clara é o de turismo de experiência. Interagir com pessoas e culturas novas é o principal objetivo dessa nova geração de viajantes.
Como toda novidade, no entanto, há muitas dúvidas sobre o que realmente é o turismo de experiência, como funciona esse tipo de produto, quais os preparativos necessários para esse tipo de viagem, quais os principais roteiros no Brasil e muito mais.
Neste post, vamos tirar essas dúvidas e trazer informações para quem quer saber mais e se aventurar a vivenciar essas experiências únicas durante suas viagens. Acompanhe!
A ideia do turismo de experiência é sair da repetição dos programas tradicionais, tais como city tours, selfies em pontos turísticos e compras em lojinhas de museu, com suas lembranças padronizadas.
O objetivo do turismo de experiência é possibilitar a aproximação com as culturas locais, proporcionando experiências de intensa troca cultural, estimulando o aprendizado e a construção de relacionamentos baseados na identidade entre o viajante e os locais. Nele, o turista tem a oportunidade de se envolver com a cultura, com o meio ambiente e com o modo de viver de uma comunidade.
O turismo de experiência pode ser tão revelador que um dos pontos mais interessantes desse segmento é a possibilidade, inclusive, de participar de experiências em sua própria cidade, mudando seu ponto de vista a respeito do próprio lugar em que se vive.
Não há contraindicações para o turismo de experiência. Ele é indicado, tanto para pessoas que viajam sozinhas, como para aquelas que estão em grupo. Pode ser uma experiência reveladora para jovens ou profissionais em busca de aprimorar a sua visão de mundo, entre outros.
Os programas também contemplam famílias com crianças, adolescentes e gente de todas as idades. Enfim, há possibilidades para todos os perfis de turistas.
O turismo de experiência vai, necessariamente, na contramão da padronização. Uma experiência, para ser boa de fato, tem que proporcionar um bom espaço para o desenvolvimento pessoal, isto é, da individualidade de cada viajante.
Por isso, escolher um roteiro desse tipo requer o famoso “pensamento fora da caixa”. Pode parecer contraditório, mas, quanto menos “turístico” for o roteiro, maior a possibilidade de sucesso para uma viagem de turismo de experiência.
Um bom ponto de partida para quem está começando — e que pode ser harmonizado com um roteiro mais tradicional, em outros modelos de viagem — é o tour guiado pela região escolhida, oferecido por pessoas nativas das localidades visitadas. Nesses passeios, é possível começar a aprender, de verdade, sobre os costumes e a cultura local.
Quanto mais você se aprofunda, mais específicos serão os roteiros. Por exemplo, você pode se hospedar em fazendas, conventos e comunidades em torno de cooperativas. Que tal aprender a fazer artesanato e outros trabalhos manuais? Fazer trilhas e caminhadas com moradores e trabalhadores locais também é uma boa possibilidade de turismo de experiência.
Mas, seja lá qual for a experiência que pode te completar, o importante é estar aberto ao que há de único em cada um desses lugares e dessas vivências.
Exatamente pela necessidade de se estar aberto ao envolvimento com a cultura e as vivências locais, o principal preparativo para uma viagem que envolve o turismo de experiência é o de vencer preconceitos e abrir a cabeça para o que é diferente.
Você pode começar elencando quais os eventuais preconceitos e clichês que você tem em mente quando pensa no destino escolhido. Depois disso, pesquise um pouco, em fontes sérias, e vai ver que, no mínimo, há exageros.
Se a pesquisa não melhorou a sua opinião, ou até agravou suas preocupações, talvez seja o caso de deixar a viagem para um outro momento, quando você se sentir mais seguro.
Vale, também, uma conversa com a sua agência de viagens para saber até que ponto as suas preocupações têm a ver com o que, de fato, será seu roteiro e as experiências que você vai viver.
Feito isso, prepare sua bagagem da melhor forma possível. Não deixe que frio, calor e outros fatores climáticos atrapalhem o que você tem para viver.
O turismo de experiência apareceu no nosso país há cerca de uma década, com a inauguração de um projeto piloto na região vinícola de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. De lá para cá, um grande número de lugares para viajar pelo Brasil passou a contar com opções para esse tipo de público.
Hoje, é possível misturar meio ambiente e história percorrendo a Costa do Descobrimento, com direito a visitas às reservas indígenas para conhecer melhor a cultura dos primeiros habitantes do Brasil — e ainda provar sua culinária!
A cultura indígena também se faz presente ao acompanhar a colheita do açaí e mergulhar na gastronomia amazônica em Belém do Pará.
Os apaixonados pela história podem conhecer os marcos imperiais, devidamente acompanhados pelas delícias da cultura serrana e o clima ameno em Petrópolis (RJ). Ainda no Rio de Janeiro, Paraty, Visconde de Mauá e a Região do Vale do Café também são experiências que possibilitam olhar para o passado.
Para viver uma imersão radical na natureza, a primeira dica é Bonito (MS). Lá, por exemplo, é possível visitar um viveiro de mudas do cerrado, no Buraco das Araras, onde se pode, até mesmo, plantar novas espécies.
Nessa mesma linha, que une aventura e ecoturismo, também há boas opções na Chapada dos Veadeiros e em Florianópolis, com suas trilhas para bicicletas, passeios em áreas de preservação ambiental e visita a vilas de pescadores.
Então, agora que você conhece um pouco mais sobre como o turismo de experiência funciona, que tal também se entregar a vivências marcantes em suas próximas viagens ou, até mesmo, na sua própria cidade?
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